Edson Bueno de Camargo
se tudo o que me pedes
é meu olho
ainda quente
sobre a palma rósea
desta mão de luas novas
(e gelo orgânico )
deixa ao menos
que veja o Sol se quebrando
sobre as costas azuis das montanhas
entre frestas rutilantes
das entranhas da luz
desde teus cílios
molhados pelo orvalho
a correr sob as pálpebras
de ágata leitosa
este majestoso fogo
em espectros de infra-vermelho
desta gigante agonizante em tua íris
ah! mãe dos deuses
(das mulheres de ventre de barro e lava ardente)
que me reste agora a escuridão
de antes de ter nascido
do mar salgado de tuas vestes
eis que voltamos sempre
ao lugar que em êxtase e dor
nos gerou
7 comentários:
Caro Edson, sempre visito sua "lagarta de fogo" com prazer e alegria. Mais que ler, aprendo. Abraços, Pedro.
O eterno retorno?
Por que escrevemos poesia? Para que se faça a luz.
Abraços.
http://erreserrantes.blogspot.com/
Aguardamos sua visita!
o eterno (re)nascimento...
obrigado pelas palavras. bacana aqui também.
Abraço.
Acabo de ler a entrevista. Falaste em nome de todos os filhos de Cassandra, os que trazem na fronte a marca de Caim.
É isso aí, vamos carcomer esse mito de que a poesia morreu com Drummond, vamos descentralizar esse troço!
Estou sempre sorvendo teus versos.
Forte abraço de um poeta que também assiste anime(risos)!
Olá Edson! Não repare em minha visita relâmpago, mas venho lhe convidar para ler o novo capítulo de “O Diário de Bronson (O Chamado)” e deixar o seu comentário.
Retornarei com melhores modos e mais tempo. Tenha um ótimo final de semana. Abraço do Jefhcardoso!
e não adianta fugir delas... da vida, da vulva, da morte, da poesia...
Postar um comentário