meninos velhos
auscultam peças de porcelana arqueológica
cacos de vidro verde
louça holandesa
e garrafas venezianas
se buscam entre as vértebras
da terra do quintal
estamos tristes esta tarde
ainda empoleirados no telhado
pequenos galos
tecedores de sol
único quartzo
carrega elétrons de vento solar
ao Sul e ao Norte
espera a aragem
que varrerá com suavidade este dia
a um esquecimento frio e com escamas
o tempo é um peixe
em ombro do poeta
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