quinta-feira, 25 de março de 2010

a luz para Fabrício Carpinejar.



Edson Bueno de Camargo



janelas engolem o sol por inteiro
e o golfam em forma de luz
para dentro da casa

há uma violência
no trespassar dos fótons pelo vidro
há uma dor sílica
destilada em fornos ardentes

o coração da luz
é deveras delicado
cristal indelével
que se rompe e se apaga

a qualquer momento
somos devolvidos à escuridão

4 comentários:

José Carlos Brandão disse...

Por isso escrevemos.

Edson Bueno de Camargo disse...

A poesia se faz luz.

Anônimo disse...

Vc está no meu Facebook, então vim para visitar seu blog. Gostei dos poemas, principalmente deste.

Abraço.

Eliana Mora [El] disse...

que vivamos com poesia

beijo.