Edson Bueno de Camargo
mais uma vez
o cal
cingindo de branco a parede de meu destino
o branco de ilhas gregas ao cair da tarde
moinhos de sal ao sol a pino
pás de vento braços monstros
neve que nunca verei
anônimo
autômato andando entre gentes
o carvão, a pena, a tecla, o medo
recusa a plataforma de celulose alcalina
ou na tela uma virtualidade tão enganosa
um cursor intermitente
acusando a impaciência do texto
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