Edson Bueno de Camargo
enquanto corro
os dedos em tuas costas elétricas
minhas narinas
devoram tua pele e pelos
naquilo que são fogo
e cada contorno volátil
é abrigo e assento para meus olhos
tátil e cego é o amor
nos abismos florestais
ou ralas pradarias
pois tudo é triangulo e ravina
posso lamber teu cheiro esta noite
e nas outras e outras
e as gotas
da chuva de pentes para cabelos
e pedestais e pedrarias
estar em ti
é tudo que posso e quero
3 comentários:
QUE LINDO QUANDO TÁTIL E CEGO É O AMOR...
parch
Metáforas precisas e intensas...
Imagino o gosto de "lamber o cheiro"...
Bela poesia.
Abs
Postar um comentário