quinta-feira, 7 de outubro de 2010

tátil e cego



Edson Bueno de Camargo



enquanto corro
os dedos em tuas costas elétricas

minhas narinas
devoram tua pele e pelos
naquilo que são fogo
e cada contorno volátil
é abrigo e assento para meus olhos



tátil e cego é o amor
nos abismos florestais
ou ralas pradarias
pois tudo é triangulo e ravina

posso lamber teu cheiro esta noite
e nas outras e outras
e as gotas
da chuva de pentes para cabelos
e pedestais e pedrarias



estar em ti
é tudo que posso e quero

3 comentários:

Anônimo disse...

QUE LINDO QUANDO TÁTIL E CEGO É O AMOR...

Anônimo disse...

parch

Anônimo disse...

Metáforas precisas e intensas...

Imagino o gosto de "lamber o cheiro"...

Bela poesia.
Abs