quarta-feira, 2 de junho de 2010

as pálpebras

By - CarolMe




Edson Bueno de Camargo


as pálpebras
alquebram
em sono senil

as sombras
são pedras duras
de quebrar
em sonhos

o pão
não alimenta
a mão
que morde
os dentes da fome

a palavra vai
para além
destas fronteiras agudas
repousam na língua

ali se cristalizam
em gotas calcárias
e músculos

5 comentários:

José Carlos Brandão disse...

Nem só de pão vive o homem,
mas também dessa coisa inútil
chamada poesia.

Um abração, Edson.

Assis de Mello disse...

Tinha um tempo que não passava por aqui. Seus poemas estão belíssimos. As imagens permanecem nítidas depois que lemos e fechamos os olhos. Conseguir manter essas libélulas tão vívidas no pensamento só conseguimos quando os poemas são bons. E aqui tudo é ótimo.
Abração,
Chico

cristinasiqueira disse...

Belo!

Cris

Rafael Medeiros disse...

Caro Edson. Como já ressaltei anteriormente, não tenho o dom desta coisa chamada comentário, muito menos tratando-se de poesia, e menos ainda se tratando da poesia de um filho de caim como tu. Portanto, venho aqui para confirmar que continuo lendo teus versos. Forte abraço. May the force be with you!

Anônimo disse...

Olá edson, resolvi passear por esse seu outro blog, esse é só seu. Gostei.
Abraços

PS: Acabei de atualizar a nossa acanhada Narroterapia, esse cafofo que é sue tb. Passe por lá deixe seu comentário. Ajude na terapia...rs