terça-feira, 16 de junho de 2009

régua

Edson Bueno de Camargo

André e sua régua de medir mundos
caminhar por cadeiras altas
como cadeias montanhas
a tomar a medida de tudo
do batente da porta à ponte
em processo de construção do sonhar

André e seu apito de trem imaginário
o vapor e a fumaça preenchem a casa
de trilhos barulhentos e máquinas pesadas
coisas de construir coisas encadeadas
seu trenzinho azul da cor do planeta
a conduzir o arco-íris da luz de seus dentes

2 comentários:

Jorge de Barros disse...

André e sua arte de fazer o vovô voltar à infância

Leticia Brito disse...

Sagradas são as crianças que nos transmitem tanta vida.
Consigo ver mais poesia em meu filho do que em muitos dos livros que me ofertam.