Edson Bueno de Camargo
ancoro estas utopias
em asas de borboleta
hastes duplas
delicadas
e precisas
como lâminas de cortadeiras
meus olhos já foram inundação
e secaram tantas outras vezes
(e medraram nos esquecimentos)
açude pisado no barro
das estrelas desta noite
respire o frio possível
no ar da alunagem
(as rãs
em concerto
vigiam a nova prole)
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