Edson Bueno de Camargo
sente
o vidro sob a pele
ferida sem cicatriz
verniz oco e opaco
a morte feita em pedaços
pecados mornos
resina doce translúcida
vê
não fazem anos as mortes não acontecidas
plano sobre plano espelho
e as tardes como noites vazias
tentavam falar girassóis
e seu todo vermelho
encimava em verões natimortos
brancos como a manhã em que te conheci
3 comentários:
Belo achado. Estava visitando as lagartas de fogo e dei de cara com o seu blog, com poemas expressivos e criativos.
Vá vá vá em ondulações com a sua lagarta de fogo.
Por que nao:)
ler todo o blog, muito bom
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