quarta-feira, 25 de outubro de 2006

vidro sob a pele

Edson Bueno de Camargo

sente
o vidro sob a pele
ferida sem cicatriz
verniz oco e opaco

a morte feita em pedaços
pecados mornos
resina doce translúcida




não fazem anos as mortes não acontecidas
plano sobre plano espelho
e as tardes como noites vazias
tentavam falar girassóis

e seu todo vermelho
encimava em verões natimortos
brancos como a manhã em que te conheci

3 comentários:

Salomão Sousa disse...

Belo achado. Estava visitando as lagartas de fogo e dei de cara com o seu blog, com poemas expressivos e criativos.
Vá vá vá em ondulações com a sua lagarta de fogo.

Anônimo disse...

Por que nao:)

Anônimo disse...

ler todo o blog, muito bom