quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Unha de cachorra.

Edson Bueno de Camargo

para Lili Carabina

“ já não existo em alguns lugares”
Danilo Bueno


unha de cachorra
azulejo branco
sucumbe a trincas

embalagem vazia de mini cassete
abandonada sobre o móvel

mordida
ai!!

anta
tapir
anta
tapir

rato com fome
roendo o destino
rato com fome
roendo o disco do sol

anta tapir


tapete voador com traça
poeira de séculos escondida
traço trinca tapir

anta

ata

táta

tato

tapir


tudo esta contido em tudo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Primitivou geral?
Antatapirantapirantapir.
Você está procurando a palavra primordial por trás da palavra? O balbucio do mundo? Você anda ouvindo o André e conversando com ele, né!
Abraço
JdB

Edson Bueno de Camargo disse...

Este poema é pré-andré, mas tem tudo da linguagem que haveria de nascer.
Não há duvidas que ele tem me ensinado muitas coisas a respeito de poesia.