quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

chuva



Edson Bueno de Camargo

a manhã me escapa
feito bule e chuva
aparelho de chá completo na chuva
e goteiras intermináveis nas calhas
e gárgulas

é preciso falar
o poema
para está-lo

2 comentários:

Anônimo disse...

Passeio raras vezes por aqui Poeta. & rarissima foi coragem pra comentar, o que não permito-me agora: este poema Gritado em minhas idéias. até acordar o que Há.

Carina Carvalho disse...

sim, o dia que se vai pela sarjeta pintada de branco, em água corrente-transparente...
há que se salvar, às vezes, o poema de tanto fluxo.