quinta-feira, 27 de março de 2008

centro geodésico

Edson Bueno de Camargo

há um bezerro alucinado
correndo com suas coxas de cobre
e cascos de pederneira
ateando fogo no mundo
e apagado em seguida
por anjos de asas bem aparadas

sua língua lambe luas
estrelas que não germinaram
e trípticos holandeses ainda cheirando a tinta

( a erva é tão fresca nos prados representados)

um escuro azul
preso no centro de minha mão
que escorre com o limo das eras
da devastação
que vive presa entre as dimensões paralelas
algo entre o centro geodésico da circunferência da íris
e o último átomo da ponta de uma agulha

Um comentário:

Edson Bueno de Camargo disse...

As pessoas que porventura lerem este comentário, fazer o favor de não levá-lo em consideração. Liberei a moderação por acidente. Não entendi direito, se o barb vai me buscar no aeroporto para almoçarmos juntos, ou se ele quer me comer. Acho que ele entrou no blogue errado, uma vez que muito difcilmente um poeta faria um bom dinheiro. Ou na língua do gringo, make good money, e acho nque esta construção está errada até na gringolandia.