Edson Bueno de Camargo
um inseto com cores mudas
brilho de vidro recém quebrado
estilhaços de janelas azuis
e suas dobradiças com barulho de tempo
de lascas de madeira ao Sol e intempéries
desenho de geometrias não planas
cuja leitura traduz conhecimentos ancestrais
as roupas seguram o vento e se dobram
fazem um balé estraçalhado
os cordões esticam
os varões de bambu cortados na Lua minguante
(para nunca apodrecerem)
um olho pássaro
percorre o quintal inteiro
(sentir os pés se descolando do chão)
mesmo hoje flores deslindam perfume
a grama cresce sem que lhe aparem
as casas brancas entardecem sonolentas
Um comentário:
oi, edson
como estava afastada do blog por um tempo, vi que vc escreveu bastante... comecei a ler do último post e parei aqui, por enquanto, claro.
adoro a sua poesia.
concebo cada imagem que vc escreve dentro dos seus poemas.
enfim, é um prazer imenso ler vc!
de hoje em diante, estarei mais presente!
abraços
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