Edson Bueno de Camargo
roubarei-te sombras
em paredes
quando caminho sobre
pés de asas de borboleta
pois olhos espinho
observam roseiras
e choram pétalas
sem cor
o temor líquido
que acolhe mágoas de dragões
e porcelanas na cristaleira manchada de anos
inquilinos do outro tempo
bocas ensandecidas
rosas de pura carne
que mastigam
duros diamantes calcinados
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