Edson Bueno de Camargo
ainda falta algo
choro de pedra
basalto ou arenito do deserto
quer das alturas que alcançam
o canto dos pássaros
e agora mudo
quer o acorde dissoluto
de derrubada de árvores (dos Édens)
quando jaziam sob os olhos do pecado
moças nuas a banhar-se em
águas piedosas
(e luz da lua)
já não tinha aquela inocência
nos olhos
mediam-se as vertigens pela
ingenuidade da chuva
“estamos todos condenados a ser livres”
dizia Sartre
antes mesmo de se tornar um ícone
e ser tão inútil quanto um de nós
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