Edson Bueno de Camargo
a morte é a pior das solidões
liberta o sentenciado e condena os vivos
nada mais natural que o horror
diante do que não podemos controlar
aqui me abandono
sou alcançado pela preguiça e desespero
deito em solo estéril
tentando voltar às origens
sufoco presságios e arbítrios
liberto o animal com meu nome e meus pecados
eu, guardião da porta dos condenados
Cérbero de três cabeças coroadas
dono de toda a desolação e avareza
não pedirei perdão em momento que seja
há lugares onde o abismo aproxima a todos
tão antigo que pode ser tocado
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