Edson Bueno de Camargo
crio borboletas com os olhos
quais às vezes dependuro em janelas para o abismo
e recorto o orvalho
em jarras de alabastro
e carrego os contrários
em minhas costas
as vidas que vieram a minha casa
recebi todas
ao meio dia foram embora
minha casa ficou sem vida
eis que tudo ficou
o sentido
a casa
as borboletas
e o orvalho
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