Edson Bueno de Camargo
o livro vermelho
solidão sobre a mesa
(quanto tempo?)
a poeira secular
denuncia o medo
que espreita
rosas brancas ofertadas
o velho cínico ainda cora
em suas confissões de quase adolescente
lúbrico espera resposta que não encontra
fabular dá menos trabalho que a verdade
e tem sido um bom vinho
seu novo temor é ancestral
é o de entrar na ancestralidade
cortinas de ódio são urdidas
de outra feita o cosmos despencaria
se constitui em
grãos de peso zero em suspensão
iluminuras a fogo de tocha e velas de cera de abelha
o ouro queimado
o azul vegetal
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